terça-feira, 25 de agosto de 2009

Charge & Paródia nas aulas de História

Charge & Paródia nas aulas de História é um projeto em desenvolvimento na Escola de Educação Básica da Universidade Federal de Uberlândia, com alunos do ensino fundamental, sob a coordenação dos professores e professoras da Área de História.
Confira alguns exemplos do trabalho realizado com os alunos:


(Qual é coroa, presente? Se liga na história!)
A charge produzida pelos alunos Jonnathan e Marcelo critica a interpretação oficial da abolição da escravidão, segundo a qual a Princesa Isabel “presenteou” os escravos com a Lei Áurea. O escravo, representado no primeiro plano, questiona a Princesa e aponta para as diferentes formas de luta e resistência dos escravos no cativeiro.


A charge do aluno Pedro B. Alcântara satiriza a interpretação oficial da abolição da escravidão ao representar a Princesa Isabel dando um “tiro de misericórdia” na escravidão, sob o olhar espantado do médico que diz: __Mas ela estava tendo uma parada cardíaca !? Ao lado, a Monarquia dá seus últimos suspiros.


A charge, com humor cáustico, possibilita ao professor a introdução de uma discussão importante com seus alunos a respeito da historiografia que estimula o culto aos heróis. Na charge, ao lado de consagradas personagens da História oficial do Brasil como D. Pedro I, Princesa Isabel, Getúlio Vargas e Duque de Caxias aparecem heróis das histórias em quadrinhos como Batman e Superman, numa provocação explícita à História oficial, fundada no mito do herói e no personalismo.

Confira também o texto produzido pela professora Aléxia Pádua Franco para alunos do 4o ANO do II Ciclo , e o texto da professora Leide Alvarenga Turini para alunos do 8o ANO do III Ciclo. Acesse:http://www.4shared.com/account/file/130919798/f020a1bc/Projeto_Charge__Pardia.html


quinta-feira, 13 de agosto de 2009

A Crise do Antigo Regime e as Idéias Liberais

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA EM CASO DE UTILIZAR ESTE TEXTO:
FRANCO, Aléxia Pádua e SILVA, Maria Lúcia. O surgimento das idéias liberais e o fortalecimento do capitalismo e da burguesia. Eseba/UFU, Uberlândia, 1994.


O Surgimento das Idéias Liberais e o Fortalecimento do Capitalismo e da Burguesia
Aléxia Pádua Franco
Maria Lúcia Silva

A partir do século XVII, na Europa, principalmente na Inglaterra e na França, a sociedade capitalista que havia iniciado sua formação há quatro séculos atrás, começou a sofrer profundas modificações baseadas nas idéias liberais, as quais levaram ao fortalecimento do capitalismo e de sua classe dominante – a burguesia.
Vamos estudar a seguir como isto aconteceu!

1- Contexto em que surgiram as idéias liberais
No século XVII, a burguesia européia já havia conseguido acumular bastante riquezas devido ao lucrativo comércio com suas colônias, ao rendoso tráfico de escravos, a maior produção do setor agrícola causada pelo uso de melhores técnicas e ao crescimento industrial financiado pelo dinheiro ganho no comércio. Enfim, a burguesia, devido à exploração das colônias, ao uso de novas técnicas na agricultura e a construção de indústrias, passa a produzir mais, vender mais e, por isso, obter mais lucros, tornando-se a classe mais rica, mais poderosa economicamente.
No entanto, o governo absolutista e a política econômica mercantilista que, como já foi estudado na 6ª série, entre os séculos XIV e XVII, tinham auxiliado nos primeiros passos do capitalismo, a partir de meados do século XVII, começaram a atrapalhar os negócios da burguesia e o aumento de suas riquezas, emperrando, assim, o maior crescimento do sistema capitalista. Esta era a crise do Antigo Regime, ou seja, a crise da organização social existente na Europa, aproximadamente entre os séculos XIV e XVIII, baseada no absolutismo e mercantilismo.
O absolutismo era um governo no qual o poder concentrava-se nas mãos de um Rei pertencente à nobreza e não à burguesia. Seu poder era hereditário e divino, isto é, passava de “pai para filho”ao invés de ser eleito e a Igreja afirmava que o Rei havia sido colocado neste cargo devido à vontade de Deus e não devido à vontade dos homens. Os homens deviam respeitar esta vontade divina, divulgada pela Igreja, obedecendo cegamente as leis criadas pelo Rei Absolutista, pois elas eram as leis de Deus. A própria palavra “absolutismo”já diz: o poder do rei (monarca) é absoluto, total e inquestionável. Ele governa sozinho, cria leis, impostos, dirige o exército e o povo conforme seus desejos que diz ser os desejos de Deus.
Por que, a partir de meados do século XVII, este tipo de governo atrapalha a burguesia?
Ele afastava esta classe economicamente poderosa do controle político da sociedade. Como o Rei era escolhido hereditariamente dentre famílias da nobreza, a burguesia não conseguia interferir na escolha dos governantes: não podia se candidatar, pois não havia eleições; não podia governar, pois o Rei era um nobre e não um burguês.
Além disso, as leis criadas pelo rei absolutista não beneficiavam muito a burguesia e sim a nobreza e o clero (conjunto de membros da Igreja) que eram as classes mais diretamente ligadas ao monarca: o rei era um nobre e seu poder divino era justificado pela Igreja. Críticas de burgueses a estas leis não eram muito aceitas, pois se perguntava como as leis elaboradas de acordo com a vontade divina representada pelo Rei podiam ser criticadas por simples homens mortais como os burgueses.
A política econômica da Monarquia Absolutista era o mercantilismo. O Estado, governado por um rei, interferia em toda a economia: determinava o que e como produzir (qual matéria-prima e ferramenta usar, que mercadoria fabricar e vender), cobrava altos impostos dos produtores e comerciantes, definia preços e salários.
Desta forma, a burguesia, apesar de ter muito capital para aplicar na economia, não tinha liberdade para decidir o que ela mesma produziria e por quanto venderia os produtos resultantes de seu trabalho e investimento. Ela entregava boa parte de seus lucros para o Estado, através do pagamento de altos impostos que, ao invés de serem usados para ampliar as indústrias e aumentar a produção – o que traria mais riqueza para os burgueses – eram empregados para pagar as mordomias da nobreza e do clero (festas, banquetes, roupas, etc.). Enfim, a burguesia não podia administrar seus negócios como queria; ela dependia das decisões do governo absolutista.
Além disso, o mercantilismo defendia o monopólio comercial entre a colônia e metrópole, isto é, a colônia só podia comprar e vender para a metrópole. Por exemplo: o Brasil só podia comercializar com Portugal.
Isto era ruim principalmente para a burguesia francesa e inglesa, pois como estes países não tinham tantas colônias de exploração como Portugal e Espanha, eles tinham poucos compradores para seus produtos.
Veja o exemplo abaixo:
A burguesia inglesa precisava de matéria-prima para sua indústria (algodão para fazer tecido, etc.) e tinha uma série de produtos manufaturados para vender. O Brasil possuía essa matéria-prima para fornecer à Inglaterra e gostaria de consumir as mercadorias inglesas. No entanto, não podia. Por quê?
O Brasil era colônia de Portugal e, por isso, só podia vender sua matéria-prima para os portugueses e comprar mercadorias deste país. Mesmo que a Inglaterra pagasse mais pela nossa matéria-prima e vendesse mais barato, esta transação comercial era proibida pelo monopólio comercial.
Todos estes prejuízos políticos e econômicos da burguesia francesa e inglesa, gerados pelo absolutismo e mercantilismo a partir do século XVII, levaram-na a elaborar e divulgar um conjunto de idéias que criticavam estes aspectos do Antigo Regime e sugeriam outro forma de organizar a sociedade, fortalecendo o capitalismo e a burguesia.
Conheçamos agora estas idéias que foram chamadas de Idéias Liberais ou Liberalismo.

2- Idéias Liberais: contra o que eram e seus objetivos

A base para a elaboração das idéias liberais foi o Iluminismo que se caracterizou como um movimento filosófico ocorrido na Inglaterra e, principalmente na França, no século XVIII. Os filósofos iluministas como Montesquieu, Voltaire, Rousseau divulgaram, através de importantes obras como a Enciclopédia, a idéia de que os seres humanos deveriam construir o seu mundo de acordo com normas criadas por eles mesmos, mediante o uso de sua razão, de sua inteligência e não de acordo com a vontade de Deus. O iluminismo recebeu este nome, pois seus seguidores defendiam que suas idéias iluminavam, clareavam os pensamentos e ações dos homens, contra o mundo obscuro do Antigo Regime.
A partir desta crença de que o homem, através da razão, podia definir as regras da sociedade, surgiram as idéias liberais. Elas foram assim denominadas porque defendiam a liberdade econômica, política e jurídica. Foram também consideradas a ideologia burguesia (ideário burguês) porque se contrapunham a tudo aquilo que prejudicasse os burgueses e defendiam tudo que os beneficiasse.
Vamos conhecer em seguida os mais importantes princípios econômicos e políticos do liberalismo.

a) Liberalismo Político: representado, principalmente, pelo inglês conhecido por Locke, ele propunha idéias que davam maior poder político para a burguesia, além do poder econômico. Nele estão contidos os princípios de cidadania que definem o conceito de cidadania no projeto liberal que ainda é muito forte nos dias de hoje. Estes princípios são:

 Defesa de Eleições Representativas: os governados escolhem através do voto, os seus representantes no governo – os governantes. Isto acaba com o poder hereditário (governo que passa de pai para filho) e divino, pois não é Deus que vai determinar quem serão os governantes como diziam os reis absolutistas. São os próprios homens, via eleições, que vão determinar. Assim, a burguesia passa a ter mais chances de colocar um representante seu no governo e não só a nobreza como ocorria no Absolutismo.
Dois tipos de votos eram praticados:
- Voto censitário: só pode se candidatar a um cargo e votar, aquele que tiver uma renda alta, enfim, os ricos, a minoria da sociedade como a burguesia;
- Voto universal: qualquer pessoa, independente de raça, sexo, renda, pode votar e candidatar-se a um cargo político.
Nas primeiras experiências de eleição, o voto censitário foi o mais utilizado. Hoje, o voto universal predomina.

 Divisão do governo em três poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário: “...propunha Montesquieu que o Executivo aplicasse as leis feitas pelo Legislativo. Caso as leis fossem desrespeitadas, caberia ao Judiciário julgar o violador ou violadores das leis.Além do mais, os três poderes exerceriam vigilância recíproca para neutralizar eventuais arbitrariedades cometidas: o Executivo vetaria leis contrárias às liberdades ou direitos individuais; o Legislativo poderia suspender o Executivo de suas funções caso o mesmo se mostrasse arbitrário ou omisso, e o Judiciário julgaria conflitos existentes entre os dois outros poderes...”(Aquino, 1990, p. 12).
O poder Executivo é ocupado pelo Rei e/ou Presidente da República e/ou Primeiro-Ministro, dependendo do sistema de governo (Monarquia Parlamentarista, Presidencialismo, Parlamentarismo). O poder Legislativo é ocupado pelos parlamentares – deputados e/ou senadores, e o poder Judiciário pelos juízes e promotores.
Esta divisão do governo em três poderes, onde um vigia o outro, tenta evitar o abuso de poder de um governo como ocorria na Monarquia Absolutista, onde o rei governava sozinho, agindo mais a favor da nobreza e do clero e menosprezando as outras classes sociais – burguesia e trabalhadores.

 Elaboração e aplicação de uma Constituição e leis em geral: leis que definiam os direitos e deveres do Estado, de seus governantes e governados. Pretende-se que, através das leis, os homens de qualquer classe possam se proteger dos abusos contra seus três direitos individuais básicos: vida, liberdade, propriedade. Portanto, não mais pode haver um governo onde seu “comandante” faça o que bem entender, beneficiando a quem quiser, como ocorria no Absolutismo. Ele tem que basear suas decisões nas leis vigentes, criadas por representantes eleitos por toda a sociedade.

 Liberdade de Pensamento e Expressão: os homens devem basear suas ações no seu próprio pensamento, na sua razão e não na obediência cega aos ensinamentos de Deus pregados pela Igreja. Assim, têm o direito de criticar, discordar ou concordar com as ações do governo, propondo, reivindicando medidas que atendessem a seus interesses e necessidades.
Isto é bem diferente da época do Absolutismo, quando o povo devia aceitar passivamente as ações do Rei, pois elas representavam a vontade de Deus.

b) Liberalismo Econômico: representado, principalmente pelos ingleses Adam Smith, Thomas Malthus, David Ricardo e Stuart Mill, defendia idéias que diminuíam a interferência do Estado e seu governo na economia, nos negócios da burguesia, dando mais liberdade de ação a esta, aumentando seus lucros, fortalecendo o capitalismo. Seus principais princípios são:

 Livre Iniciativa na Economia: ao contrário do que acontecia no mercantilismo, onde o Estado definia o quê e como produzir, no liberalismo há a defesa de que o Estado não interfira muito na produção, nos negócios. É a pregação do laissez-faire – deixar fazer, em francês.
A burguesia dirige seus negócios sozinha, define o quê e como produzir, que preço cobrar sem a interferência do Estado. Este só vigia de longe pra evitar abusos e investe na infra-estrutura necessária para o desenvolvimento das atividades econômicas.

 Direito de Propriedade Privada e Herança: cada indivíduo faz dos seus bens o que bem entender. O Estado não pode interferir, não pode se apossar destes a não ser que pague por eles.

 Livre Concorrência: diferente do mercantilismo, quando havia o monopólio comercial entre a metrópole e a colônia, o liberalismo defendia que as regiões que eram colônias deviam ter liberdade de fazer comércio com qualquer país e não só com sua metrópole. O que deve valer é a “lei da oferta e da procura”, ou seja, quem tem melhores preços,vende mais. Assim, haveria uma ampliação do mercado, a burguesia comercializaria e lucraria mais e, para isto, aumentaria sua produção. Esta idéia influenciou o fim do colonialismo e o movimento de independência das colônias existentes, principalmente, na América.

 Livre Negociação Patrões e Empregados: os salários, a jornada de trabalho são decididos através de acordos firmados entre o patrão e o empregado, sem a participação do governo. Assim, o governo não tem responsabilidade de garantir aposentadoria, salário-desemprego, aumentos salariais aos trabalhadores.


Os principais defensores destas idéiais liberais – membros da burguesia – afirmavam que a sua concretização levaria à construção de uma sociedade mais justa, onde haveria liberdade, igualdade e fraternidade para todos, ricos e pobres, e não só para os burgueses.
Será que isto realmente aconteceu? Pense nisto, observando o nosso dia-a-dia que é organizado, predominantemente, pelas idéias do liberalismo político e econômico.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
AQUINO, Rubim Leão de e LISBOA, Ronaldo César. Fazendo a História: a Europa e as Américas nos século XVIII e XIX. 2 ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1990. pp. 10-15.
DI GIOVANI, Maria Lúcia Ruiz. História. São Paulo: Cortez, 1992. PP. 70-84.
MENEZES, Jerônima A de Paula. Democracia Burguesa e Liberalismo. Cadernos de História. Uberlândia, ano 1, n. 1, PP. 37-44. jan./dez. 1990.


ROTEIRO DE ATIVIDADES

I. Numere os parágrafos do texto.

II. Divida o texto nas seguintes idéias:

1. As idéias liberais e a transformação do capitalismo a partir do século XVII.
2. O poderio econômico da burguesia européia no século XVII.
3. A crise do Antigo Regime: o mercantilismo e o absolutismo atrapalhando os negócios da burguesia.
4. Características do Absolutismo: poder absoluto, hereditário e divino do rei.
5. Como o Absolutismo atrapalhava a burguesia?
6. Características do Mercantilismo: economia sob o controle do Estado.
7. Como o Mercantilismo atrapalhava a burguesia?
8. Como o monopólio comercial atrapalhava a burguesia francesa e inglesa?
9. Solução da burguesia para acabar com os prejuízos gerados pelo Absolutismo e Mercantilismo: as idéias liberais.
10. A base do Liberalismo: as idéias iluministas.
11. Liberalismo: liberdade econômica, política e jurídica para a burguesia.
12. Liberalismo Político: maior poder político para a burguesia.
13. Primeiro princípio político do Liberalismo Político: fim da sucessão hereditária dos governantes.
14. Segundo princípio político do Liberalismo Político: fim do poder absoluto do Rei.
15. Terceiro princípio político do Liberalismo Político: leis elaboradas por representantes eleitos pelo povo.
16. Quarto princípio político do Liberalismo Político: liberdade de pensamento e expressão.
17. Liberalismo Econômico: menor interferência do Estado nos negócios da burguesia.
18. Primeiro princípio do Liberalismo Econômico: livre iniciativa na economia.
19. Segundo princípio do Liberalismo Econômico: direito à propriedade privada.
20. Terceiro princípio do Liberalismo Econômico: fim do monopólio comercial.
21. Quarto princípio do Liberalismo Econômico: livre negociação entre patrão e empregado.
22. Liberalismo traz a igualdade, fraternidade e liberdade para todos, como diz a burguesia?

Observação: Para marcar no texto cada uma das idéias acima, siga as seguintes instruções:
• Marque no texto o início e o final de cada parte com chaves [ ]
• Numere esta parte marcada com o número que ela recebe neste roteiro.

III. Leia cada parte com muita atenção.
IV. Grife as palavras desconhecidas, procure-as no dicionário e anote, no caderno, o significado mais adequado para o seu sentido do texto.

V. Após ler as idéias 13, 14, 15, 16, 18, 19, 20, 21 , pense e anote exemplos que comprovem sua permanência nos dias de hoje.
VI. Reflita sobre a pergunta feita na idéia 22 e anote suas reflexões no caderno.
VII. Discuta o texto em sala de aula com a professora e os colegas.
VIII. Estude bem o texto para fazer uma avaliação escrita, individual e sem consulta no dia ___/___/___.

Baú da Memória: introdução aos estudos da história local





Referência Bibliográfica em caso de utilizar este texto:
FRANCO, Aléxia Pádua. Iniciando os estudos sobre a história de Uberlândia: em busca de fontes históricas. Eseba/UFU, Uberlândia, 2009.


Iniciando os estudos sobre a história de Uberlândia: em busca de fontes históricas

Ao conversarmos sobre o conteúdo de História a ser estudado na 4ª série, combinamos que vamos transformar nosso caderno em um livro sobre a História de Uberlândia.
Para isto, a partir de agora, teremos que nos transformar em PEQUENOS HISTORIADORES.
Como também já discutimos nas aulas anteriores, um historiador para escrever um livro de história, realiza o seu trabalho através dos seguintes passos:
1º) Escolhe o tema que deseja pesquisar para conhecer a história;
2º) Busca fontes históricas para pesquisar o tema escolhido;
3º) Analisa as fontes, compara uma com a outra e vai escrevendo a história.

Vamos, então, ao PRIMEIRO PASSO de nosso trabalho de historiador.
Qual o tema que vamos pesquisar durante a 4ª série para conhecer a história?


Agora, vamos começar o SEGUNDO PASSO do nosso trabalho que é a busca das fontes para realizar nossa pesquisa. Para isto, precisamos conhecer quais são as fontes que um historiador pode usar em suas pesquisas e o que ele faz com elas.
Uma primeira informação importante é que o historiador pode pesquisar fontes orais, escritas, iconográficas, materiais e arquitetônicas:
 Fontes Orais: reproduzem em CDs, MP3, DVDs ou anotações escritas as lembranças que uma pessoa conta sobre um acontecimento ou tempo passado;
 Fontes Escritas: são documentos escritos em papéis que registram um acontecimento passado;
 Fontes Iconográficas: são imagens sobre um acontecimento passado gravadas em fotos, DVDs, quadros, cartões;
 Fontes Materiais: são objetos usados no passado;
 Fontes arquitetônicas: são casas, monumentos e outras construções edificadas no passado;

Para entendermos melhor a importância destas fontes para o trabalho do historiador vamos pesquisar em dois livros didáticos.
Se você estiver com o livro ZAMBONI, Ernesta. História 3ª série. São Paulo: Atual, 2004, leia as página 14, 15, 16, 17, 18.
Se você estiver com o livro MARIN, Marilu F. História com Reflexão 4ª série. São Paulo: IBEP, 2001, leia as páginas 8, 9, 10, 15, 17, 18, 23.

Na leitura, procure respostas para as questões abaixo e escreva-as com suas próprias palavras:
1) Exemplos de fontes orais citadas no livro.
2) Exemplos de fontes escritas citadas no livro.
3) Exemplos de fontes iconográficas citadas no livro.
4) Exemplos de fontes materiais citadas no livro.
5) Exemplos de fontes arquitetônicas citadas no livro.
6) Por que estas fontes são importantes para o trabalho do historiador?

Após estarmos informados sobre quais as fontes pesquisadas por um historiador, vamos procurar, recolher, guardar, organizar fontes sobre a história de Uberlândia. No decorrer do ano, vamos comparar, analisar estas fontes e escrever o nosso livro.

Então, mãos a obra! Em sua casa, com seus familiares, vizinhos, amigos, na Internet, nos jornais da cidade, na Biblioteca, Arquivo e Museu Municipal, nas ruas e praças da cidade, procure e recolha fontes sobre o passado de Uberlândia. Fontes que registrem a memória de acontecimentos, lugares ou pessoas de antigamente. Fontes que contem um pouco sobre os assuntos que vamos estudar no decorrer do ano: assuntos relacionados com o que grifamos de amarelo na Proposta Curricular de História para o 4º ano ou outros assuntos que você descobrir e se interessar.

MAS ATENÇÃO! ESTAS FONTES DEVEM FALAR SOBRE A HISTÓRIA DE NOSSA CIDADE – UBERLÂNDIA!

Depois de escolher uma ou mais fontes, você deve realizar as seguintes atividades para apresentar para os colegas e para a professora no dia ____/____:

1º) Identifique bem a fonte escolhida, informando:
- Onde ou com quem a encontrou?
- Qual a época (ano) que ela registra?
- O que ela registra? O que podemos descobrir sobre o passado de Uberlândia através dela?

2º) Marque a fonte com seu nome e sua turma para no final do ano pegá-la de volta.

3º) Estude bem a fonte que você escolheu para contar, em sala de aula, o que ela registra sobre o passado de Uberlândia.

Em sala de aula, cada um vai apresentar a sua fonte e vamos guardá-la no BAÚ DA MEMÓRIA, para no decorrer do ano, podermos analisar e comparar as fontes sobre os temas que estivermos estudando e, assim, ir escrevendo o livro sobre a história de Uberlândia.

Ao final das apresentações, CADA ALUNO DEVERÁ PRODUZIR UM TEXTO SOBRE O QUE APRENDEU SOBRE A HISTÓRIA DE UBERLÂNDIA ATRAVÉS DAS FONTES QUE OS COLEGAS TROUXERAM. Portanto, preste bastante atenção nas explicações de cada colega, porque você precisará delas para elaborar um bonito texto.
Este texto deverá ter um título e ser escrito em folha separada com um cabeçalho contendo seu nome e série. Ele deverá ser entregue para a professora no dia ___/___.