Aléxia Pádua Franco
Alline Grazielle Neves Costa
Ana Flávia Ribeiro Santana
Elmiro Lopes da Silva
Leide Alvarenga Turini
Leila Floresta
Coordenação: Leide Alvarenga Turini
Público alvo:
Alunos(as) do II e do III Ciclo do Ensino Fundamental e alunos da EJA (Educação de Jovens e Adultos) da ESEBA/UFU.
Apresentação:
A charge e a paródia são linguagens com grande potencial para as reflexões de natureza histórica. A charge revela a visão crítica do seu autor em relação a uma determinada situação, fato ou idéia, caracterizando-a como um importante recurso para o desenvolvimento do pensamento (e do posicionamento) crítico dos alunos. O chargista faz uma interpretação de um acontecimento específico, com limitação temporal, ou seja, é preciso ter alguma noção sobre o fato representado para entender a mensagem implícita na charge. A charge exige este conhecimento, o domínio, por parte do leitor, do conteúdo que irá abordar. A paródia, por sua vez, é uma nova versão ou a recriação de uma obra já existente, com modificação de suas intenções e significados. Tem um caráter lúdico e/ou ideológico e conteúdo crítico. A paródia pode ser realizada com obras literárias, poesia, teatro, música, filme etc. A reescritura é sempre de caráter contestador, satírico, crítico.
Estamos propondo, para o ano letivo de 2010, o Projeto Charge & Paródia nas aulas de História, a ser desenvolvido por alunos/as do 4º ao 9º ANO do Ensino Fundamental e por alunos/as da Educação de Jovens e Adultos (EJA), na ESEBA. A produção de charges e paródias relacionadas às temáticas de estudo trabalhadas nas aulas de História tem grande relevância para os objetivos da Área, uma vez que permite observar tanto a compreensão e/ou a interpretação dos estudantes sobre as temáticas estudadas em sala de aula, quanto o posicionamento crítico em relação aos conteúdos trabalhados, o que poderá contribuir para o desenvolvimento do raciocínio histórico e do pensamento crítico e reflexivo dos/as discentes. O projeto também propicia a troca de experiências entre alunos(as) de diferentes turmas e turnos da escola.
Objetivos específicos:
• Conceituar e caracterizar a charge e a paródia, compreendendo-as como gêneros textuais importantes para a formação do/a aluno/a leitor.
• Explorar o potencial da charge e da paródia para a compreensão e o posicionamento crítico do discente em relação às temáticas abordadas nas aulas de História.
• Propiciar aos discentes condições para a aquisição de noções básicas necessárias para a interpretação e a produção de charges e paródias nas aulas de História.
Ações metodológicas:
1- Trabalhar os conceitos de CHARGE e PARÓDIA com os discentes de cada ano de ensino, com linguagem apropriada e material didático adequado ao grupo de alunos/as. Para tanto, o grupo formado por docentes da Área de História fará reuniões, ao longo do ano, no GEPHIS (Grupo de Estudos e Pesquisas em História da Área de História da ESEBA/UFU), com o objetivo de ler e debater bibliografia específica acerca da temática, socializar ações desenvolvidas em cada ano/segmento de ensino e encaminhar as propostas aprovadas pelo grupo.
2- Propor a produção e a interpretação de charges e paródias por alunos/as do Ensino Fundamental de História e alunos/as da EJA, relativas aos conteúdos da Proposta Curricular de História. Atividades de interpretação podem ser propostas a qualquer tempo e para qualquer uma das temáticas do programa, conforme interesse e planejamento de cada docente. Com relação à produção de charges e paródias, a mesma deve acontecer pelo menos 1 (uma) vez por trimestre, de maneira que, ao final do terceiro trimestre, cada turma de cada ano envolvido no Ensino Fundamental tenha produzido charges e paródias de pelo menos 3(três) temáticas diferentes. Com relação à EJA, uma vez que o programa curricular é desenvolvido em 1 semestre, com dinâmica e ritmo das aulas bem específicos em função das características particulares do grupo de alunos do segmento, a proposta é de uma produção por semestre, por cada série.
3- Organizar palestra e/ou oficinas com profissionais da cidade que trabalham com a produção de charges.
4- Realizar a culminância do trabalho de interpretação e produção de paródias em um programa organizado pela Rádio ESEBA ATIVA, em parceria com a Área de História. O programa “Parodiando nas aulas de História” será realizado no Anfiteatro da escola, no final do segundo semestre de 2010.
5- Realizar a culminância do trabalho de interpretação e produção de charges nas aulas de História com uma Exposição a ser realizada no final do segundo semestre, sob a organização da Área de História.
6- Publicar resultados do Projeto desenvolvido pelos docentes da Área de História no blog da Área: http://gephiseseba.blogspot.com/.
Bibliografia:
FLORES, Onici Claro. A leitura da charge. Canoas: Editora da ULBRA, 2002, 88 p.
LOPES, Ivã Carlos e HERNANDES, Nilton (orgs.). Semiótica: Objetos e Práticas. São Paulo: Contexto, 2005.
MARINGONI, G. Humor da charge política no jornal. Comunicação & Educação. São Paulo: Moderna, 1996.
SODRÉ, Luiz Guilherme Teixeira. Sentidos do Humor, trapaças da razão, a charge. Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 2005, 128 páginas.
SOUZA, Maria Lindaci Gomes de. O cômico, a ironia e a sátira: charges e cartuns no ensino de história. In:NETO, Martinho Guedes dos Santos (org.). História Ensinada: linguagens e abordagens para a sala de aula. João Pessoa: Idéia, 2008, p. 67 a 96.
Textos capturados na Internet:
CAMARGO, Cecília Lopes. Charge: diversão ou crítica? http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/20-2.pdf
BRESSANIN, Alexandra. Gênero charge na sala de aula: o sabor do texto. http://www3.unisul.br/paginas/ensino/pos/linguagem/cd/Port/8.pdf
SILVA, Carla Letuza Moreira e. O trabalho com charges na sala de aula.
http://www.unisc.br/cursos/pos_graduacao/mestrado/letras/anais_2coloquio/charges_sala-de-aula.pdf